segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Greve dos roteiristas americanos e a Internet

Greve da WGAMuito se fala sobre a briga das associações de classe das produtoras de música (leia-se RIAA), de vídeo (leia-se MPAA) e televisão (leia-se AMPTP) com o recolhimento dos direitos autorias, em especial a briga contra a pirataria, seja ela na esquina ou na Internet.

Agora uma dessas associações de classe esta na mesma mira dos direitos autorais. O Dindicato dos Escritores Americanos (WGA) que representa os escritores para filmes, televisão e rádio do Estados Unidos entrou me greve no dia 5/Nov contra a Associação das Produtoras de Filmes e Televisão (AMPTP). Dentre as várias reindivicações da WGA, a principal é o comissionamento pela exibição das peças (vídeo, séries, áudio, etc) pelos novos meios digitais, entre eles a Internet, o Celular e video-on-demand. Atualmentes os membros da WGA não são remunerados pela distribuição na "nova mídia". O contrato entre a WGA e a AMPTP expirou em 31/Out. e a WGA reinvindica as mesmas taxas de comissionamento de DVD para a nova mídia, até o presente momento tudo continua num impasse se nada for acordado, várias séries americanas terão que terminar no meio da temporada e possivelmente prejudicar a produção de novos pilotos para 2008 e alguns filmes.

Se um por uma lado a indústria de Hollywood luta contra a pirataria em prol dos seus direitos autorais, os escritores também querem ter parte da renda na nova mídia. Para ajudar a WGA, em Jul/2008 será a vez da Associação dos Atores (SAG) e da Associação dos Diretores da Améria (DGA) negociarem seus contratos com a AMPTP, apesar dos atores da SGA terem um contrato com a AMPTP de não apoiarem a greve de outro sindicato, vários deles estão apoiando a causa, o que significa que eles tem os mesmos interesses sob esse novo filão, afinal a tendência é que a distribuição pela nova mídia (dado o sucesso do iTunes da Apple e do Unbox da Amazon), supere a venda de DVDs em poucos anos.

Veja tambem a opinião do produtor e roteirista Damon Laurence Lindelof, conhecido pela série Lost, para o jornal New York Times sobre a greve e a Televisão diante da Internet, entitulada: TELEVISION is dying.


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