Post Pago na Faculdade?

Se o termo fosse aplicado na mídia tradicional ele seria conhecido como jabá. Comum em matérias em que o jornalista foi convidado a ir a um evento e escreveu um artigo sobre a empresa que pagou todas as despesas para ele ou ainda a empresa paga para ter uma matéria publicada, como fez recentemente uma revista semanal, sobre um site de relacionamento.

No ano passado e no início deste, o tema Post Pago esta em alta, figura carimbada em qualquer evento de mídia social, sempre seguido pela monetização. Porém o boom foi a repercução em torno da Telefonica que pagou o apresentador e jornalista Marcelo Tas para publicar notas pela Internet.
Assim como ocorre na mídia tradicional isso iria ocorrer na Internet, é apenas uma transposição do que já ocorre, porém na nova sociedade do conhecimento, essas ações de marketing, mascarando suas reais intenções só geram pontos negativos, esse assunto esta longe de acabar e ter um formato que agrade a gregos e troianos.

Nem bem o assunto começou, começaram a surgir blogs de alunos americanos em suas faculdades, mas com a diferença que eles são pagos para escrever. Como é tradição, muitas faculdades americanas privadas custeiam os seus cursos para jogadores que façam parte da liga da faculdade, no fundo é um modo da faculdade ganhar visibilidade. O New York Times publicou no início de Outubro, uma matéria sobre alunos do MIT entitulada "M.I.T. Taking Student Blogs to Nth Degree" onde os estudantes do MIT e outras universidades são pagos para escrever, literamente para dizer que a faculdade é legal e que você esta perdendo a festa se ficar fora. Os estudantes do MIT, que são escolhidos para essa vaga chegam a ganhar até US$ 40 por semana. Mas até que ponto você pode confiar em alguem que é pago para escrever sobre a própria faculdade? A faculdade iria pagar alguem que pudesse falar mal das instalações, sobre racismo, ou problemas da administração? Obviamente não, apesar de ser um movimento recente, não creio que ira durar muito, diferentemente desses blogueiros, os jogadores dão duro para ver seu resultado real.

Saiba mais:

Inagaki: Campus Party - Blogueiros x Jornalistas, o falso embate

El País: EUA impõem limite para a publicidade nos blogs

Blog de Guerrilha: Post Pago

Webinsider: A publicidade em blogs e a venda do editorial

NY Times libera conteúdo que era pago

Li na Gazeta Mercantil/InvestNews a notícia da abertura do serviço TimesSelect do jornal The New York Times que era pago. A partir de hoje é possível ver pelo site todos os artigos que foram publicados no jornal desde 1987. Dessa forma o noticioso muda o modelos de negócios, tentando ganhar com a publicidade online. Desde o início de 2006 o site vem perdendo visitação, com uma publicidade bem colocada e contextualizada com o artigo vai acabar gerando uma renda maior do que as assinaturas para o conteúdo fechado. Antigamente o jornal baseava-se tão somente nas vendas em bancas/assinaturas e os classificados, ambos meio que pagavam o papel, a infra estrutura de distribuição e a folha de pagamento, portanto os anúncios de empresas geravam o lucro do jornal.

Com o declínio dos jornais e a vinda de Internet, obter um novo ponto de equilíbrio ficou mais complicado, talvez o exemplo da menina Ashley Quall com o site whateverlife.com possa dar o caminho das pedras, ela só vive do AdSense, um serviço do Google que remunera o editor do site toda vez que alguém clica em um banner. O site da Ashley tem um número de visitações que chega perto de pequenos portais brasileiros, em 2006 isso rendeu a ela, quase US$ 1 milhão, possivelmente esse valor foi maior do que o valor das assinaturas do TimeSelect durante o mesmo período.

Para o Internauta o espaço aberto pelo The New York Times com certeza será ótimo, pois ele poderá ter acesso a um conteúdo de um dos principais jornais americanos e possivelmente esse movimento será seguido por outros jornais que tem conteúdo fechado.

MKT viral de um fabricante de celular

Um fabricante de celular esta utilizando o Adwords do google para divulgar um site www.070829.com e dessa forma espalhar o lançamento de um novo celular, possivelmente em 29.Ago . O site é uma espécie de quebra cabeças, toda vez que surgir um vídeo no meio da tela, pressione o mouse com o ícone de pause, após conseguir ver os 4 diferentes vídeos, o site ira exibir um ícone para um feed RSS feeds.feedburner.com/070829 que segue com o texto:

...just an important theory, but also a crucial part of how this consumption is perceived at present. Everything eventually merges to a point where it more or less becomes inseparable due to the dawn of new technologies. Everything we have known, as one replacement; ultimately being able to do the job of each other. This may spawn patterns that cannot be exchanged, but generally entertainment will merge into whatever a user may request. This fusion...

Descobriu o fabricante do celular?

Boatos do "Apagão da Internet"

Muita gente já foi apanhada pelo Mr. Manson e as histórias dele, lembro o embaraço que ocorreu com o Noblat que publicou em 2005 uma noticia falsa no blog (e sem dar os créditos) e depois teve que pedir desculpas para os leitores do blog.

Mr. Manson ataca novamente e lançou no dia 26.07 a "notícia" entitulada "Especialistas alertam para Apagão da Internet no Brasil". O texto é recheado de especialistas, que não existem é claro, envolve um orgão do Governo, no caso o Comitê Gestor. Quantos creditarão essa "notícia" como sendo verdadeira? Na minha contagem, existem 9 sites (excluindo o Cocadaboa) com essa matéria, vamos ver até onde vai.

Reproduzo abaixo a chamada para o vídeo que o site 100nexos do Kentaro Mori deu e que pode indicar de onde o Mr. Manson tirou a idéia para fazer o boato.



Errata: Ao contrário do que foi dito aqui, a notícia em que o Noblat foi enganado ocorreu em 2004, para saber mais, veja a matéria no Observatório da Imprensa, clicando aqui.

Como ser uma estrela !

Não precisa comprar um kit de MegaStar do The Blue Man Group, como previu Andy Warhol onde todos podemos ter nosso 15 minutos de fama, ou mais na Internet, basta ter uma idéia criativa que o marketing viral cuida do resto. Temos vários casos, quem não se lembra do garoto que brinca de Star Wars, o descolado Rafinha que de jornalista virou comediante e o famoso sanduichi-chi da Ruth Lemos, mas é claro que temos mal uso da Internet, como a falsa lonelygirl15 e o filme (ruim) da Bluxa de Blair, que se aproveitam do marketing viral e a ingenuidade do Internauta para tentar alavancar seu produtos.

Parafraseando Glauber Rocha, basta ter uma idéia e uma webcam na mão e fazer como a Pola Scalzo.

A WEB 2.0 esta mudando as métricas para anúncios

A Nielsen/Netratings divulgou no dia 10/07 um boletim onde adicionou duas métricas, onde agora é possível calcular o tempo médio que um Internauta fica navegando em um site. A Nielsen/Netratings é representada aqui no Brasil pelo IBOPE, que dispensa maiores apresentações.

A métrica padrão para o mercado publicitário da Internet é o número de páginas visitadas (pageviews) e a quantidade de visitantes, quanto mais páginas visitadas, melhor, pois os anúncios geralmente são vendidos por lote de mil visualizações. Com as novas tecnologias, especialmente o Ajax, o Internauta pode ver várias coisas em uma única página sem sair dela, como carregar diferentes vídeos, galeria de fotos, etc, o que já vem ocorrendo com o YouTube e o Flickr.

Agora o mercado publicitário terá que repensar sobre isso, pois se uma pessoa fica mais tempo olhando para uma mesma página, qual será o melhor tipo e formato de anúncio (banner) para ela? Será que o formato dos banners não deveria ser modificado? Além disso em muitos sites, o sistema de remuneração dos anúncio esta mudando, não estão mais pagando pela quantidade de anúncios vistos e sim por vendas concretizadas, a pessoa clica no anúncio, se for efetuada a compra do produto, o site que exibiu o anúncio recebe uma comissão pela venda efetuada. Com certeza teremos uma nova geração de anúncios e métodos de comercialização deles, ocasionada pela mudança de paradigma com a Web 2.0.

Para ler a integra da Nielsen/Netratings em inglês, clique aqui.